Amor e carinho. Duas coisas que, ao meu ver, andam juntas, de mãos dadas. O dizer amor, hoje, pouco importa visto a quantidade abundante de palavras jogadas ao vento. São cada vez mais comuns as tais juras de amor. Promessas feitas ao pé do ouvido que nunca se realizarão. Eis que vagas, perdulárias, baseadas em vaidades.
Amor e afeto se demonstram. Se mostram diariamente na convivência. Mesmo quem mora longe sempre dá um jeitinho da pessoa amada saber, perceber, a existência daquele amor.
E aquilo que os casais que moram longe mais sentem falta é do toque.
Sentir é necessário. Pelo menos para nós, humanos encarnados, sentir é necessário. A mim, em particular, o toque me transmite segurança. Porque a criança se sente segura em somente pegar na mão do pai ou da mãe antes de dormir quando tem medo do escuro? Tocar nas mãos dos pais vai trazer a claridade? Não, isso traz a segurança que a criança busca, pois é naquelas mãos ali que ela confia cegamente.
Porque as pessoas se abraçam? Para sentir, para troca de energia, para demonstrar carinho. Demonstrar!
Se tudo o que as pessoas precisam é de carícias e reconhecimento, porque negaríamos isso a elas?
Acho que ainda é a maneira mais legal de demonstrar carinho, de mostrar que tem alguém ali com quem a pessoa pode contar. Além do toque como forma de carinho, como forma de demonstrar afeto, você pode escrever bilhetinhos, gravar um CD com as músicas que a pessoa gosta (se ela gosta de milhões de músicas, um CD com aquelas músicas especiais seria legal), fazer um bolo também é uma demonstração de carinho, uma mensagem de bom dia...bom almoço...boa noite... bom o que for... são demonstrações de afeto de como quem diz: “Você existe e eu me importo com você”.
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